quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

De sobrolho levantado e pé no ar

Num cinzeiro de beatas, no misto de cinza e da chama que foi outrora, os projectos e enlaces escondem-se para não os vermos.

O mar continua a responder e a avisar sem que nada o impeça.

O sol vive para além dos olhos rasgados e esvaziados do ser.

O verde canta tão alto que enlouquece quem não consegue voltar a página.

Para onde foi?

Voltará na madrugada do começo?

Será mais um ou o único?

Estou aqui na espera.

De sobrolho levantado e pé no ar.

Mentes a ti sem saber, sem perceber.

Contenção, nesta hora peço contenção.

Saber tudo sobre tudo e não saber nada do ser, é um mal grande que impede a continuação.

Querer ficar na segurança da desilusão e amargura que já se conhecem, ao invés do viver no caos do que falta felizmente descobrir, é uma batalha perdida à partida contigo mesmo.

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