Num cinzeiro de beatas, no misto de cinza e da chama que foi outrora, os projectos e enlaces escondem-se para não os vermos.
O mar continua a responder e a avisar sem que nada o impeça.
O sol vive para além dos olhos rasgados e esvaziados do ser.
O verde canta tão alto que enlouquece quem não consegue voltar a página.
Para onde foi?
Voltará na madrugada do começo?
Será mais um ou o único?
Estou aqui na espera.
De sobrolho levantado e pé no ar.
Mentes a ti sem saber, sem perceber.
Contenção, nesta hora peço contenção.
Saber tudo sobre tudo e não saber nada do ser, é um mal grande que impede a continuação.
Querer ficar na segurança da desilusão e amargura que já se conhecem, ao invés do viver no caos do que falta felizmente descobrir, é uma batalha perdida à partida contigo mesmo.
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