quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

A língua muda e é sempre a mesma. A mãe é sempre a mãe, a irmã, a amiga, a filha, a namorada, a mulher, a conhecida, a empregada, a desempregada e ainda a voluntária, a vizinha, a estrangeira, a cliente, a actriz, a sedutora, a deprimida, a pessoa...
Também soam de maneira diferente; todas sempre iguais... A tristeza, a saudade, a pequenez, a traição, a toxicidade, a espiritualidade, a moralidade, a ofensa, a magnitude, a carência, a esperteza, a dependência, a solidariedade, a vontade, a paixão, o medo, a (auto-)piedade, a amargura, o arrependimento, a nostalgia, a brutalidade, o vazio, a carga, o controlo, a esperança, a sensibilidade, a gentileza, a bravura, a cumplicidade, a verdade...
A experiência molda tudo como argila. As rugas das minhas mãos contam fábulas que eu não conheço todas; ainda.
Sem ti, longe de ti, com vontade de ti; é mais difícil. Mas saber que foste um dia tudo aquilo que foste para e em mim ajuda tanto...
Obrigada Ana.