domingo, 15 de novembro de 2009

Pintei. Peguei no pincel e pintei. Pintei a alma com cores garridas para não se ver a cor que estava por baixo; para esconder a tinta fresca de outros pigmentos sem cor. E tu estavas ali, vazio. Zangado e vazio de triste que estavas. E eu, sem saber como se faz, pintei. Pinto sempre quando não sei e agora não sei nada, pinto tudo...
Quis dar-te a mão para pintares comigo, para pintarmos juntos, mas tu tiraste-a assim que ta pedi.
Agora só pinto, pinto só...
Será que voltas? Ou será que não eras tu?
Estou sem luz, preciso de calor e não tenho luz. Só uma sala vazia e branca por todo o lado. Só uma vazia branca todo lado. Só vazia toda. Só.
Quero colo e tu não tens!
Onde está o meu? Quando vem? Vens não vens?

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