terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Procuro vestígios de ti pela casa vazia.
Encontro buracos negros que não sei de todo explicar.
Arranho paredes despidas e rasgo blocos por escrever.
Encarno personagens de diálogos fugidos na noite.
Envolvo-me em ócios que não me assentam nem me enchem.
Dissolvo mágoas em líquidos desbotados.
Recolho pedaços de mim nas tuas costas, sempre voltadas.
Adormeço na dor do teu silêncio.
Como refeições só e só como refeições.

Digo adeus demasiadas vezes e não se passa nada...

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